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Gabriel Araújo, o 'Gabrielzinho', recebe os parabéns do presidente Lula pelo 1º ouro do Brasil nas Paralimpíadas
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O atleta foi o primeiro que 'estreou' o quadro de medalhas brasileiro nesta sexta, 1º dia oficial de competição. Na final, foi o único a nadar abaixo dos 2 minutos.
- Por Camilla Ribeiro
- 29/08/2024 18h35 - Atualizado há 3 meses
Nesta quinta-feira (29), o presidente Lula publicou em rede social, uma mensagem parabenizando o nadador paralímpico Gabriel Araújo, o "Gabrielzinho", pelo ouro conquistado.
O atleta conquistou o pódio levando a medalha de ouro na natação de 100 metros costas, classe S2, no primeiro dia oficial de competições e estreou a participação do Brasil no quadro de medalhas da competição.
"A primeira medalha do Brasil nas Paralimpíadas de Paris é ouro. Parabéns ao Gabriel Araújo, campeão nos 100 metros costas na natação", escreveu Lula no X.
O atleta Gabriel tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas.
Nas Paralimpíadas de Tóquio, em 2021, ele havia conquistado a medalha de prata na mesma prova.
Agora, Gabriel foi o único nadador na final que fechou a prova abaixo dos 2 minutos, fez 1m53s67. O atleta ainda disputará outras provas da natação nos próximos dias.
Vladimir Danilenko, segundo colocado, é russo, no entanto, compete pela bandeira do Comitê Paralímpico Internacional, terminou com 2m01s34. Alberto Diaz, do Chile, completou o pódio, sendo o terceiro colocado.
Na cerimônia de abertura, Gabrielzinho, foi porta-bandeira do Brasil e já era favorito ao ouro. O atleta brasileiro é o líder do ranking mundial e campeão do mundo.
"Eu estou muito feliz e emocionado. [...] Eu já estaria feliz com ouro, mas estou muito feliz porque eu amassei a prova, mandei muito bem. Posso gritar que sou campeão paralímpico dos 100m costas. Foi uma prova perfeita", disse Gabrielzinho em entrevista após a prova.
Brasil, uma potência paralímpica
A meta do Comitê Paralímpico Brasileiro é colocar a delegação brasileira no "top 5" do quadro de medalhas até o fim da competição que encerra em 8 de setembro.
O Brasil é considerado uma potência no esporte paralímpico.
Desde as Paralimpíadas de Pequim em 2008, com o nono lugar, o país soma quatro edições seguidas ficando entre os melhores colocados no quadro de medalhas: Londres 2012 em sétimo, Rio 2016 em oitavo e Tóquio 2020, novamente, em sétimo.
A estimativa para Paris, segundo o vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Yohansson do Nascimento, é que o país possa superar os recordes de 72 medalhas e 22 ouros que conquistados nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2021.